Voando...

Talvez seja o clima, ou quem sabe a época do ano ou somente seja TPM a única coisa que sei é que eu ando muito emotiva esses últimos dias e foi exatamente por agora que eu me viciei completamente em uma musica da Elis que se chama Conversando no bar. Quando eu a escuto não sei como explicar... Sinto um saudosismo de alguma coisa que eu nem sabia que existia, sentia um saudosismo somente com a melodia e a voz sem entender o que exatamente o que a letra dizia, mas eu achava bonito.

Como eu sou uma quase sem nada pra fazer eu botei no Google e procurei uma palavrinha que eu não conseguia achar o significado, perdoem minha ignorância, Panair.
“Descobri que as coisas mudam e que o mundo é pequeno
Nas asas da Panair”


Eu descobri que está palavra é o nome de uma companhia área brasileira que foi fechada pela ditadura por motivos políticos deixando muita gente sem emprego.
Só que, segundo minhas fontes não muito seguras, esse fechamento foi um marco da perseguição da ditadura que perseguia não tão somente pessoas físicas como jurídicas também. Todo esse fato gerou comoções mil, a panair era um símbolo do Brasil etc, etc e etc e até hoje os antigos funcionários da extinta companhia se reúnem e se denominam de Família Panair ai nessa parte da historia meus olhos se encheram d água.

Não é lindo isso??? Essas pessoas se reúnem para lembrar um bom momento da vida e reivindicar a volta da antiga companhia.
“Descobri que a minha arma é o que a memória guarda
Dos tempos da Panair”
Queria ter uma coisa em que acreditar e lutar como eles, estão nisso a mais de 40 anos, ter um grupo, histórias pra contar e orgulho do passado.

Ainda escutando essa música eu ainda me lembrei de outra coisa que me emociona toda vida.
“Para me contar casos da campanha da Itália
E de um tiro que ele não levou, levei um susto imenso
Nas asas da Panair”
Essa parte da música me lembrou os pracinhas que todos os anos desfilam no 7 setembro, eu acho tão lindo e ao mesmo tempo triste ao ver que a cada ano diminui os integrantes. Eu acho bonito o orgulho que eles têm pelo seu passado e apesar de todos aqueles verões nas costas eles marcham orgulhosos e alguns até empurrados na cadeira de rodas debaixo do sol escaldante e o calor dos infernos eles estão lá.

E no final eu nem quero saber mesmo se a Panair foi mesmo tudo aquilo que eu li, repito mais uma vez que foi em uma fonte não muito segura, eu gosto da história que eu fiquei sabendo, a história de devoção e orgulho de um grupo de pessoas a uma causa, é isso que me emociona ao ouvir as conversas no bar...