sábado, 10 de maio de 2008

Quem não cola não sai da escola


Tem muita gente que ainda se pasma com a idéia de que eu nunca colei na escola. É verdade, nunca colei na escola, não colo na faculdade e pretendo nunca colar. Se me perguntarem por que não colo eu direi: para manter a coerência entre meu discurso e meus atos.

Como alguém pode pregar a honestidade sem ser honesto?!? Confesso que não faço muito esforço para não colar, sou do tipo consciência pesadíssima só de pensar estar enganando alguém e prefiro não me torturar pela culpa que ter uma nota linda ou “A” nota salvadora, porém colada. Admito que nem gosto muito de fazer prova de consulta enquanto resolvo a bendita prova eu fico imaginando se eu tenho uma vantagem maior por estar com o material melhor, ou será que o material usado por mim contêm mais informações, no final eu faço mais a prova de consulta á minha proporia memória.

Não que eu seja honesta até o meu último fio de cabelo, tenho de fato uma certa ojeriza a táticas de ser dar bem enganando os outros(um eufemismo: jeitinho brasileiro), mas eu me policio porque ás vezes dá uma vontade de abandonar o meu discurso e furar fila, ignorar os idosos, gestantes e portadores de necessidade especiais e deixa-los esperando na fila, deixar o troco a mais e afins. Ser honesta é minha cruzada pessoal, minha mais (demasiadamente mais) que minúscula contribuição à sociedade. Acredito piamente que pequenas “espertezas” acabam se tornando grandes desonestidades e que pequenos atos corretos acabam se tornando grandes exemplos de honestidade e que aos poucos ser honesto não se torne um hábito?!? Torne um fato social?!?

Eu tenho um sonho... Sonho com o dia em que colar cause mais estranheza que não colar e as pessoas honestas não sejam vistas como chatas. Sonho em não me preocupar com alguém tentando passar em outrem e que furar fila seja um ato tão reprovável como roubar um banco. Sonho com pessoas entendo que não adianta clamar por honestidade sem ser honesto porque se cada um cuidar do seu... É eu sei, parece aquele velho discurso, mas se é tão velho porque o povo ainda não entendeu?

Só para constar, eu passei na escola... e espero que Sr. Luther King não fique muito bravo por eu estar usando a sua máxima na minha humilde reflexão. Terminarei este texto reproduzindo os dizeres do adesivo que mamãe tem na janela (é um pouco clichê, e daí, né? A vida é feita de clichês... ops... outro clichê): mude o Brasil, comece por você.

Um comentário:

Carol Fazollo disse...

Seu texto me ajudou num trabalho da escola :B

obg ;)

depois dá uma passadinha no meu blog:desventurasefazollisses.blogspot.com